A Fiat Elba foi lançada no Brasil em abril de 1986 como a versão perua do Uno e sucessora da Panorama. Criado integralmente no País, o modelo vinha em duas versões, sempre com a mecânica do Prêmio, um 1.3 de 59 cv, na configuração S, e um 1.5 a etanol (chamado de álcool ainda) que gerava 71 cv, na versão CS.
Com um amplo porta-malas de 610 litros até o teto, a Elba nunca chegou a ser um sucesso de vendas, mas traz na bagagem um fato importante da história do Brasil. Foi um dos estopins do impeachment do então presidente Fernando Collor, que tomou posse no dia 15 de março de 1990 com 35 milhões de votos.
Um cheque vindo de uma conta fantasma de PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor e organizador dos esquemas do ex-presidente, foi usado para comprar um Fiat Elba – e para reformar a Casa da Dinda, residência oficial do presidente. Quando essa prova foi obtida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que cuidava do caso em 1992, a saída de Collor da presidência foi inevitável.

Os 40 milhões de Michel Temer

Agora com a delação da Odebrecht o Brasil tem 451 políticos denunciados em esquemas de corrupção cujo menor valor pago em propinas não é menor que R$ 100 mil, o que daria para comprar uma frota de Elbas.
O presidente Michel Temer é acusado formalmente de ter recebido propina da ordem de US$ 40 milhões para facilitar medidas que beneficiaram a empreiteira Odebrecht junto ao governo.
O mesmo patriotismo que tomou conta dos brasileiros e que cair o governo de Fernando Collor de Melo não é mais o mesmo.
Collor continua atuando livremente na política brasileira assim como os demais delatados pelos ex-executivos da Odebrecht.
Fonte: http://juntospelobrasil.com