"A Força do Querer" quer popularizar debate sobre a ideologia de gênero


A nova novela da Globo, A Força do Querer estreou dia 3 de abril com boa audiência. Mas em breve o folhetim passará por mudanças que poderão mexer com o público e sua popularidade. A trama escrita por Glória Peres quer popularizar debate sobre a identidade de gênero, assunto recorrente nos programas da emissora.
A autora defende que, ao explorar o tema, “combaterá o preconceito e salvará vidas”, segundo o UOL.
Estreante na TV, a atriz Carol Duarte interpreta Ivana, que no começo da novela é mostrada como uma menina sendo produzida pela mãe, Joyce (Maria Fernanda Cândido), com roupas de grife, colar de pérolas e salto alto. Durante sua infância, chegou a ser capa de revistas e viveu como minifashionista.

Porém, a passagem de tempo de 15 anos, mostrará uma pessoa completamente diferente, que acredita ser um homem nascido em corpo errado. “Ela tem dificuldade nessa ligação do corpo com a cabeça”, explica a atriz.
Gloria Perez afirma que espera “criar uma empatia entre o público e os transgêneros” e “permitir que essas pessoas sejam olhadas com compreensão”. O objetivo é fazer algo semelhante ao que fez por dependentes químicos e doentes mentais em O Clone (2001) e Caminho das Índias (2009).
“Novela no nosso país é algo que faz parte do nosso dia a dia. Então, à medida em que o folhetim se propõe a abordar uma questão, tenta abrir perguntas, e não fornecer respostas. Assim, a discussão se potencializa. Se a novela conseguir promover o debate, a missão está cumprida”, comemora Maria Fernanda Cândido.

Outro personagem da novela, Nonato, interpretado por Silvero Pereira vive dilema alheio. Motorista durante o dia, se torna a atriz Elis Miranda à noite. Chegado do interior do Ceará, vai trabalhar como motorista de Eurico (Humberto Martins).
O objetivo do personagem seria mostrar a diferença entre transgênero e travesti. “Ele sai de sua cidade escorraçado, sua família não entende a necessidade que ele tem de se travestir. Como precisa do emprego de motorista, ele aceita trabalhar com esse homem homofóbico. Mais para a frente, seu patrão vai descobrir que ele não é Nonato, que ele é Elis Miranda, um artista transformista”, explica Silvero Pereira.
Fonte: noticias.gospelprime.com.br