Pesquisa da FipeZap mostra que os descontos nos preços ainda seguem elevados e o interesse dos investidores pelos imóveis é menor
móveis: percentual de compradores que classificavam os preços atuais como “altos” ou “muito altos” recuou de 66% para 64% no último trimestre (filipefrazao/Thinkstock)
Apesar de ainda indicar queda, a variação esperada dos
preços dos imóveis para os próximos 12 meses passou de -5,0% para -3,5%.
Esse é um dos resultados do Raio-X FipeZap do 1º trimestre
de 2017, que traz novos dados sobre a percepção e a expectativa para o mercado
imobiliário.
A pesquisa mostra que os descontos nos preços ainda seguem
elevados e o interesse dos investidores pelos imóveis é menor, mas já há uma
perspectiva de queda menor dos preços.
A participação dos investidores no total de compradores
apresentou ligeiro recuo no primeiro trimestre (de 39% do total, em dezembro de
2016, para 38%, em março de 2017), registrando novo piso para a série
histórica.
Em boa medida, esse comportamento se deve ao declínio do
interesse do investimento para aluguel, cuja participação no total de
respondentes da pesquisa declinou de 26% para 21% nos últimos 12 meses, diz a
FipeZap.
A participação das transações com desconto no total de
transações permaneceu praticamente estável no início do ano, em torno de 75%.
De forma similar, o percentual médio de desconto manteve-se no patamar de 8,9%
ao longo das últimas duas pesquisas.
Em termos de percepção de preço, o percentual de compradores
em potencial (isto é, com pretensão de adquirir imóveis nos próximos 3 meses)
que classificavam os preços atuais como “altos” ou “muito altos” recuou de 66%
para 64% no último trimestre.
Já entre os respondentes que adquiriram imóveis
recentemente, essa proporção declinou de 49% para 47% do total de respondentes.
Finalmente, com relação às expectativas sobre a evolução do
preço dos imóveis, a participação dos entrevistados que esperam queda nos
preços nos próximos 12 recuou de 36% para 28% no último trimestre, ao passo que
a proporção de respondentes que partilham de uma expectativa de aumento nos
preços aumentou de 13% para 17%, para o mesmo horizonte temporal.
Com isso, considerando-se o total dos respondentes, a
variação média de preço esperada para os próximos 12 meses passou de queda de
5,0% para queda de 3,5%.
Este conteúdo foi originalmente publicado no blog Arena do
Pavini.
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