Casal mata filho influenciado por filme indicado ao Oscar
É isso o que a promotoria alega. Entenda o caso
“Manchester À Beira-Mar” é um dos filmes mais elogiados dos últimos anos. A obra foi indicada a seis categorias do Oscar – maior prêmio do cinema dos Estados Unidos – e conquistou, inclusive, o Oscar de melhor ator, para Casey Affleck.

Na obra, Lee Chandler, personagem de Affleck, incendeia acidentalmente a casa em que mora e os dois filhos dele morrem. Como o incêndio não foi intencional, Chandler não é indiciado pela morte das crianças.

Duas horas após assistir ao filme, o casal Ernest e Heather Franklin incendiou a própria casa, com o filho dentro, de acordo com o promotor que investiga o caso. O corpo de Jeffrey Franklin, de 16 anos de idade, foi encontrado dentro da casa após o fogo ser controlado. De acordo a investigação, porém, ele já estava morto quando o incêndio começou (o aparelho respiratório do garoto não apresentava indícios de ter ingerido fumaça ou fuligem).

Como o corpo estava carbonizado, não é possível precisar a forma como ele morreu, mas o casal se tornou réu pelos crimes de homicídio em segundo grau, incêndio criminoso e manipulação de provas físicas.

O filme matou Jeffrey?

Evidentemente, o diretor de “Manchester À Beira-Mar” não responderá por homicídio algum. Afinal, os assassinos, conforme a promotoria acredita, são Ernest e Heather. No entanto, é clara a influência que o filme exerceu sobre o casal, que já tinha o desejo de se livrar do garoto.

Jeffrey foi adotado em 2012 e sofria com problemas de saúde. Os pais adotivos postaram diversas mensagens em redes sociais lamentando estarem presos ao jovem. Sentindo-se impossibilitado de viver plenamente, o casal viu no filme uma forma ideal para “resolver o problema”.

Como Ernest e Heather, todos são influenciados por aquilo que assistem ou leem, seja no cinema, tevê ou internet. A chave para não se intoxicar com sentimentos e pensamentos negativos é escolher bem o que será consumido pelos meios de comunicação.

O bispo Celso Júnior explica que o homem responde à voz à qual dá mais atenção. Se essa voz é a de filmes violentos, novelas promíscuas, livros supersticiosos, por exemplo, a sua cabeça estará cheia de cenas violentas, promíscuas, supersticiosas. Logo os seus pensamentos e, consequentemente, as suas atitudes, serão assim.

Ernest e Heather já tinham pensamentos rancorosos em si. Tudo o que o filme fez foi “gritar” esse conteúdo na cabeça deles.

“É o que acontece com muitas pessoas. Elas dão ouvidos a tantas vozes, tantas coisas, que elas não conseguem ouvir a voz de Deus”, explica o bispo Celso. “Ela acorda: é internet, é rádio, é televisão, é filme, são as redes sociais. Quer dizer: não sobra nem tempo para Deus, que deveria ser o primeiro.”

Por isso é muito importante escolher bem o que ler, assistir ou ouvir. O bispo conta que a voz de Deus é branda. Para ouvi-Lo é preciso abrir mão de outras vozes que tanto gritam em nossa sociedade.

Fonte: www.universal.org/noticia

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