© Foto: Nelson Jr./STF O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa com a presidente da Corte, Cármen Lúcia, durante solenidade de aposição de sua foto na galeria de ex-presidentes do tribunal
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BRASÍLIA – O
ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa admitiu nesta
quarta-feira, 7, a possibilidade de se candidatar à Presidência da República.
Após solenidade no Supremo, na tarde desta quarta-feira, 7, quando foi
descortinado o retrato dele na galeria de ex-presidentes da Corte, Barbosa
disse que está refletindo sobre o assunto e que não ignora as pesquisas
eleitorais, tendo já conversado, inclusive, com a ex-ministra Marina Silva
(Rede) e o PSB, mas disse não saber “se decidiria dar este passo”.
“Eu sou um
cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos
públicos, mas sou um observador atento da vida brasileira. Portanto, a decisão
de se candidatar, de me candidatar ou não, está na minha esfera de deliberação.
Só que eu sou muito hesitante em relação a isso. Não sei se decidirei
positivamente neste sentido”, disse o ex-ministro do Supremo.
Barbosa
admitiu conversas sobre uma possível candidatura, mas negou ter assumido
compromisso com qualquer partido.
“Já
conversei com líderes de partidos políticos, dois ou três. Até mesmo quando
estava no Supremo fui sondado, sondagens superficiais. Ano passado, tive
conversas com Marina Silva. Mais recentemente, tive conversas, troca de
impressões, com a direção do PSB”, disse.
“Mas nada de
concreto em termos de oferta de legenda para candidatura, mesmo porque eu não
sei se eu decidiria dar essse passo, eu hesito”, disse Barbosa, deixando no ar
a dúvida quanto a se candidatar.
Tempestade.
O comentário de Barbosa veio em meio a uma série de críticas sobre o meio
político, com foco no Executivo e no Legislativo. “Passamos por um momento
tempestuoso da vida política nacional, um momento tempestuoso da vida política
nacional, em que visivelmente os dois Poderes que representam a soberania
popular, nossos representantes eleitos, não cumprem bem a sua missão
constitucional”, afirmou Barbosa.
“Cabe a esta
Corte (STF), como órgão de calibragem e moderação, ter uma vigilância redobrada
sobretudo no que se passa no País. Isso é natural, sempre foi assim, mas não
custa reafirmar”, afirmou o ministro, explicando uma frase que deu em seu
pronunciamento na solenidade. Ele havia encerrado discurso dizendo que “esta
Corte não falhará”.
O tema da
“presidenciabilidade” foi introduzido durante a agenda pelo ministro Luís
Roberto Barroso, a quem coube fazer o discurso em homenagem ao ex-colega de
Corte. Barroso destacou as especulações e pesquisas que apontam Barbosa como
possível presidenciável. Barroso disse que, independentemente disso, Barbosa ajudou
a quebrar um paradigma “de que pessoas de bem-estar na vida jamais seriam
presas”, por meio da condução da Ação Penal 470, o mensalão.
Eleição
direta. Barbosa afirmou que “a falta de liderança política e de pessoas com
desapego, pessoas realmente vinculadas ao interesse público, faz que o País vá
se desintegrando”. Nesse contexto, Barbosa defendeu eleição direta em caso de
vacância da Presidência da República. “Veja bem, a Constituição brasileira
prevê eleição indireta. Mas eu não vejo tabu de modificar Constituição em
situação emergencial como esta para se dar a palavra ao povo. Em democracia,
isso é que é feito.”
“Eu acho que
o momento é muito grave. Caso ocorra a vacância da Presidência da República, a
decisão correta é essa: convocar o povo”, disse o ex-ministro do Supremo.
Barbosa
afirmou que deveria ter havido eleição direta após o impeachment de Dilma
Rousseff. “Deveria ter sido tomada essa decisão há mais de um ano, mas os
interesses partidários e o jogo econômico é muito forte e não permite que essa
decisão seja tomada. Ou seja, quem tomou o poder não quer largar. Os interesses
maiores do País são deixados em segundo plano”, disse.
Fonte:
http://www.msn.com/pt-br/noticias
OLHO DE IPOJUCA - NOTÍCIAS
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