Segundo o Caged, o Brasil abriu 9.821 vagas de emprego formal em junho; foi o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014
Empregos: o resultado decorre de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Brasília – O Brasil abriu 9.821 vagas formais de emprego em
junho, terceiro dado mensal positivo consecutivo, mas bem abaixo do esperado e
puxado quase exclusivamente pela atividade agropecuária, em meio ao mercado de
trabalho ainda mostrando fraqueza após dois anos de recessão.
Em pesquisa Reuters junto a analistas, a expectativa era de
abertura de 36 mil postos no mês passado.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira, dos oito
setores analisados no mês, apenas dois apresentaram criação de vagas.
O destaque ficou para a agropecuária, com abertura líquida
de 36.827 postos, repetindo o bom movimento visto em maio. Segundo o ministério
do Trabalho, o cultivo do café foi o carro-chefe do crescimento, com mais de 10
mil postos criados.
Na administração pública, houve a abertura de 704 vagas em
junho.
Já do lado negativo, as maiores perdas ficaram com
construção civil (-8.963 vagas), indústria da transformação (-7.887) e serviços
(-7.273).
“É muito importante reconhecermos que o Brasil passou por
uma recessão que foi uma das mais profundas da sua história”, afirmou a
jornalistas o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O Caged mostrou ainda que, no primeiro semestre do ano,
houve ganho líquido de 67.358 vagas, melhor para o período desde 2014. Entre
janeiro e junho de 2016, o país havia registrado perda líquida de 531.765
vagas, sem ajustes.
Apesar de a taxa de desemprego estar recuando, ela ainda
continuava em patamares bastante elevados, acima de 13 por cento, com quase 14
milhões de pessoas sem uma atividade, segundo leitura mais recente feita pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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