Polícia procura suspeitos de vender casa que não era deles no Grande Recife.
De acordo com corporação, um dos suspeitos era o próprio inquilino da residência e teria se passado por amigo da proprietária.


Homem ainda não foi identificado pela polícia. Porém, a mulher tem passagem pelo sistema prisional por furto e roubo (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Polícia Civil de Pernambuco procura dois suspeitos de terem vendido uma casa que não era deles em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. De acordo com a corporação, um dos suspeitos era o próprio inquilino da residência e teria se passado por amigo da proprietária. Com a ajuda de uma mulher, eles fecharam negócio com uma promotora de vendas no valor de R$ 25 mil.


“Ele se apresentou como amigo da proprietária. Disse que ela estava sendo procurada pela Polícia Federal, que era funcionária do INSS e que podia ser presa a qualquer momento. Por isso, tinha baixado o preço da casa, que era R$ 60 mil, mas que fazia por R$ 25 mil”, contou o delegado Felipe Regueira.
A falsa escritura foi assinada três dias após a vítima visitar a casa, no dia 31 de julho deste ano. Na ocasião, no cartório, ela conheceu a falsa proprietária. Com os papeis assinados, parte do pagamento foi feito no mesmo dia. Os R$ 13 mil foram pagos em espécie à dupla de estelionatários.
“A vítima comprou a casa com a sua poupança. Ela está muito desesperada porque é uma pessoa com poucos recursos financeiros e recebe cerca de um salário mínimo por mês. Ela passou quase 10 anos juntando esse dinheiro para realizar o sonho da casa própria, que acabou sendo finalizado em apenas um dia por conta da atitude desses criminosos”, explica o delegado.


A fraude só foi descoberta nesta quinta-feira (3), quando a vítima tentou entrar na propriedade. “Ele não atendeu mais as ligações. Com isso, ela resolveu arrombar o cadeado e entrar na casa. Ao verem a cena, os vizinhos ligaram para a real proprietária. As duas estão bastante nervosas”, completou o delegado.

O homem ainda não foi identificado pela polícia. Porém, a mulher tem passagem pelo sistema prisional por furto e roubo. Segundo Felipe Regueira, a condenação dela havia progredida para o aberto há dois anos. “Pelo modus operandi deles, nós acreditamos que já praticaram outros crimes dessa modalidade”, finaliza.
Fonte: g1.globo.com/pernambuco/noticia