
Um pesquisador da
Universidade de Sheffield, no Reino Unido, comprovou que erros de digitação são
ações mais “espertas” do que imaginávamos. Para o psicólogo Tom Stafford, “ao
digitarmos, estamos tentando dar significado ao nosso texto, e essa é uma
tarefa muito complexa”.
Segundo Stafford, a relação que cérebro faz quando estamos
escrevendo envolve uma série de ações: transformar letras em palavras, palavras
em frases, e dar sentido às frases. “Nós não conseguimos enxergar cada detalhe,
pois não somos computadores. Tomamos noção das informações e combinamos com o
que esperávamos dela, tirando algum significado”, afirma o pesquisador. Isso
está ligado ao fato de não conseguirmos notar aqueles singelos – e irritantes –
erros que fazemos, já que sabemos o que dizer com aquilo.
O fato de termos dificuldade para encontrar nossos próprios
erros está ligado à facilidade que possuímos em achar falhas nos trabalhos
alheios. Por não competirmos com a “versão pronta” já imposta pelo cérebro,
fica mais fácil dar atenção total – e livre de conclusões – aos textos dos outros.
Então não se irrite com a observação do seu amigo – que esquece completamente o
propósito do texto para falar de um erro de digitação – e pense que isso só
acontece por ele estar “totalmente” focado.
Mas apesar de quase sempre deixarmos algo passar, isso não
quer dizer que não estamos atentos o suficiente para certas correções. Segundo
a Microsoft, a tecla ‘Backspace’ é a terceira mais usada no teclado
convencional.
Em outro experimento no seu estudo de digitação, Stafford
concluiu que pessoas com o costume de digitar sem olhar para os dedos possuem
mapas do teclado prontos no cérebro. Essas pessoas conseguem notar erros antes
deles aparecerem na tela, desacelerando suas digitações. Para o pesquisador,
essa técnica tem forte relação com a usada pelo cérebro dos nossos ancestrais
na hora de atirar as lanças.
Contudo, pesquisadores indicam que trocar a fonte, mudar a
cor do fundo, ou imprimir e corrigir o texto a mão são boas dicas para deixar o
texto com uma cara “que não é sua”, podendo ajudá-lo a encontrar os erros.
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