Noemi foi esposa de Elimeleque, mãe de Malom e Quiliom e sogra de Rute e Orfa. A história de Noemi está registrada no livro de Rute no Antigo Testamento. É especialmente devido à relação de companheirismo por parte de sua nora, Rute, que as pessoas ficam curiosas para saber quem foi Noemi na Bíblia.
História de Noemi na Bíblia
Noemi viveu durante o período dos juízes em Israel. Juntamente com seus filhos e marido, Elimeleque, o efrateu, Noemi formava uma abastada e distinta família que morava em Belém de Judá.
Após a morte de Josué, os israelitas se envolveram em frequentes casos de infidelidade e rebeldia contra Deus, que refletia diretamente em uma decadência moral e política. Nesse período Deus levantou grandes homens para libertar o povo das mãos de opressores, mas logo que desfrutava da benção da providencia de Deus o povo voltava ao seu estado de rebeldia.
O nome “Belém” significa “casa do pão”, do original beth, “casa”, e lehem, “pão”, mas no período em que Noemi viveu na “Casa do Pão” havia fome. Aquela situação difícil era justamente resultado da conduta apóstata dos israelitas, ou seja, era um juízo da parte de Deus (cf. Lv 26:19; Dt 28:23,24; 2Sm 24:13,14).
A família de Noemi foi para Moabe buscando uma vida melhor, mas acabou encontrando a tragédia. Não é possível saber quanto tempo se passou desde que aquela família chegou a Moabe até o dia em que ela ficou viúva.
Em Moabe seus dois filhos se casaram com mulheres moabitas, Rute e Orfa. Tão logo, a Bíblia também nos informa que Malom e Quiliom morreram. Assim, Noemi, que já era viúva, acabou ficando completamente desamparada, sem marido e sem filhos.
Noemi volta a Belém
Tudo o que havia restado a Noemi eram suas duas noras. Num determinado tempo ela recebeu a notícia de que o Senhor tinha visitado o povo de Israel, e o período de escassez havia terminado.
Então Noemi resolveu voltar ao seu povo e liberou suas noras para que cada uma voltasse para a casa de suas respectivas famílias e pudessem reconstruir suas vidas casando-se novamente. Orfa acatou o seu conselho, mas sua outra nora, Rute, resolveu acompanhá-la em direção a Belém. Ali nascia uma das mais belas histórias de companheirismo registrada nas Escrituras.
Noemi quer esquecer seu nome
O nome Noemi significa “deleite”, “amável” ou “agradável”, do original na’omi. Entretanto, após todos os problemas que lhe acometeram, ao retornar a Belém Noemi não quis mais ser chamada pelo seu nome.
Ela havia saído de Belém com uma família proeminente, repleta de esperança por dias melhores, mas estava retornando sem seu marido, sem seus filhos, sem esperança e sem alegria. Todo o infortúnio que lhe atingiu ela atribuiu a Deus, e por isso quis ser chamada de Mara, um nome que expressava toda sua amargura conforme ela mesma dizia: “chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso” (Rt 1:20).
Em Belém, Rute, sua companheira inseparável, foi trabalhar respigando no campo no período da colheita, pois a Lei permitia que as pessoas necessitadas recebessem esse tipo de benevolência por parte dos mais ricos.
Foi nesse trabalho que Rute entrou no campo que pertencia a Boaz, um parente do falecido marido de Noemi. Então Noemi orientou Rute sobre como proceder a fim de que Boaz tornasse seu marido com base no casamento levirato, e assim ocorreu.
Rute se casou Boaz e deu à luz a Obede. Esse primeiro filho do casal foi considerado como filho de Noemi, que se tornou sua ama. O nascimento de Obede claramente foi providência de Deus (Rt 4:14,15).
No livro de Rute, a história de Noemi começa no meio de grandes tragédias, mas termina com a bênção da misericórdia Divina. A vida de Noemi nos ensina, sobretudo, que é Deus quem está no controle de todas as coisas, Ele é quem conduz a História e nada foge do seu controle.
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