10 LIÇÕES SOBRE HERMENÊUTICA

1 CURSO DE HERMENÊUTICA  AULA 1 IBCU - A. Lisboa Junior 

1 PROPÓSITO O curso tem como propósito apresentar aos alunos as regras fundamentais de interpretação da Bíblia, para que eles possam, através delas, encontrar o sentido correto de uma passagem das Escrituras em estudo, visando aplicá-lo na sua vida, compartilhar com os outros e também a progredir no exercício da apologética.. 


2 INTRODUÇÃO Um homem estava no cartório, aguardando o momento do seu casamento. Minutos antes de assinar os documentos, a polícia chegou e o algemou, levando-o para a cadeia. A noiva desconsolada, ficou sabendo que o seu noivo era um homicida. Alguns anos depois dos seus crimes, ele entregou sua vida para Jesus e passou a estudar a Bíblia. No momento da prisão ele se defendeu citando o seguinte texto bíblico: Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo. Esse é um dos exemplos que mostram como a Bíblia é usada da maneira equivocada. Vamos conhecer alguns casos mais absurdos: 


3 DEFINIÇÃO DA PALAVRA HERMENÊUTICA O Dicionário Aurélio nos apresenta a seguinte definição de hermenêutica: Interpretação do sentido das palavras; interpretação dos textos sagrados; arte de interpretar leis. Na mitologia grega, Hermes era o mensageiro e intérprete da vontade dos deuses, e de seu pai, Zeus. Essa mensagem era transmitida de uma forma em que os homens pudessem entender. A palavra Hermeneuo veio a ser usada com o sentido de explicar, interpretar, traduzir. 

No Novo Testamento temos: Lucas 24:27; 1 Coríntios 12:10; 1 Coríntios 14:28; Hebreus 7:2. Roy Zuck define assim hermenêutica : Hermenêutica é a arte e a ciência de interpretação. É ciência porque postula princípios seguros e imutáveis; é arte porque estabelece regras práticas e envolve uma tarefa. 3.1 Devemos notar a diferença entre hermenêutica e exegese A palavra EXEGESE significa tirar o significado do texto bíblico. É contrário à EISEXEGE que é impor significado ao texto bíblico. A exegese utiliza as ferramentas da hermenêutica. Hermenêutica é como um livro de receitas, com regras de como fazer um bolo; exegese é a preparação do bolo; exposição é a entrega do bolo para alguém comer. Zuck 4 A IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA A hermenêutica é a matéria mais importante no currículo do estudante da Bíblia, pois um erro de interpretação pode produzir grandes estragos. Earl Radmacher, um estudioso do assunto disse:

2 Tendo ensinado e escrito na área de hermenêutica há quase trinta anos, estou convicto do fato de que não há matéria mais importante no currículo do seminário para o treinamento nas Escrituras. 


5 O QUE TEM GERADO INTERPRETAÇÕES ERRADAS? 5.1 Aceitação cega de uma explicação sem investigações. 5.2 Influência de programas e livros evangélicos. 5.3 Colocação da experiência acima das Escrituras. 5.4 Falta de conhecimento do contexto histórico-cultural. 5.5 Falta de conhecimento e aplicação de regras de interpretação. 5.6 Falta de conhecimento da revelação progressiva de Deus. 


6 AS CARACTERÍSTICAS DO BOM INTÉRPRETE. 6.1 É uma pessoa regenerada. - A fé salvadora e o Espírito Santo nos são necessários para compreendermos e interpretarmos bem as Escrituras (João 16:13; 1 Coríntios 2:14). O Espírito de Deus ilumina o texto principalmente no sentido de aplicá-lo aos nossos corações. 6.2 Tem um bom raciocínio, paciência e perseverança. Precisamos nos esforçar, na dependência do Espírito, para compreendermos a Palavra de Deus. Por causa da nossa natureza pecaminosa, pelos resultados da queda, nunca vamos conseguir entender todo o conteúdo bíblico. Nunca vamos concordar totalmente. 6.3 Conhece a história bíblica e a história geral O conhecimento da história bíblica é uma ferramenta necessária para aqueles que querem interpretar a Bíblia corretamente. Há a necessidade de comparação de textos e de doutrinas. Para que isso aconteça, precisamos ler a Bíblia uma ou mais vezes ao ano e ter uma visão panorâmica de cada livro. 6.4 Investe em livros. Várias traduções da Bíblia Comentários Bíblicos Dicionários Chave Bíblica Mapas Programas bíblicos para computador 6.5 Sabe pesquisar usando as línguas originais.


3 Se os textos em português estão cada vez mais fiéis, qual é a diferença entre ler em português ou ler nas línguas originais? O texto português é como uma televisão em preto e branco, enquanto o texto original é como uma televisão a cores. A imagem, a ação e a história são iguais nos dois. A diferença é que a televisão à cores é mais vívida, mostra mais detalhes e é mais interessante e mais gostosa de assistir. 

2 7 O ABISMO DA INTERPRETAÇÃO O objetivo principal da interpretação bíblica, é descobrir o sentido original que o texto tinha para o autor e seus leitores. Tempo Geografia Idioma Cultura 7.1 Será que esses detalhes são observados quando interpretamos a Bíblia? 7.2 Todo texto bíblico foi escrito por alguém, para ouvintes específicos, que se encontravam num contexto histórico e geográfico específico e com um objetivo específico. 7.3 Cada passagem bíblica era apreendida ou entendida, tendo em mente seu contexto. 7.4 O conteúdo da Bíblia foi afetado e influenciado pelo meio cultural em que cada autor humano escreveu. ANOTAÇÕES/TAREFAS/DÚVIDAS


4 8 O ABISMO CULTURAL A cultura é um conjunto de comportamentos, crenças, valores morais, espirituais e materiais característicos de uma sociedade. Mesmo dentro do Brasil, encontramos comportamentos diferentes nas mais diversas regiões. Nomes de alimentos e animais recebem nomes diferentes, a maneira de se comunicar muda bastante. O mesmo acontece com a maneira de viver onde os hábitos mudam completamente de uma região para outra. O mesmo encontramos na Bíblia. Zuck 1 descreve a importância do conhecimento do contexto cultural. Dada a existência de um abismo cultural entre nossa era e os tempos bíblicos - e como o nosso objetivo na interpretação bíblica é descobrir o sentido original das Escrituras - é imperativo que nos familiarizemos com a cultura e os costumes de então. CULTURA Hebraica Egípcia Assíria Babilônica Persa Grega Romana ÁREAS Política Religião Economia Leis Arquitetura Vestimentas Vida doméstica Organização militar Estrutura social Com relação ao estudo das diversas culturas apresentadas na Bíblia, o estudante encontra bons livros nas livrarias evangélicas. Dentre os livros, podemos citar aqui A vida diária nos tempos de Jesus. Exercício: Uma grande dificuldade dos leitores da Bíblia é saber se as práticas de cada cultura devem ser repetidas ainda hoje, ou se foram apenas temporárias. No quadro abaixo, coloque P se o mandamento for permanente e T se for temporário, ou seja, somente para a época em que foi escrito. 1 Cumprimentar uns aos outros com ósculo santo - Romanos Lavar os pés uns dos outros - João Proibir as mulheres de falar na igreja - 1 Coríntios Cantar salmos, hinos e cânticos espirituais - Colossenses Celebrar a ceia do Senhor - 1 Coríntios Ungir os enfermos com óleo - Tiago Abster-se de relações sexuais ilícitas - Atos Ser circuncidado - Atos Levantar as mãos ao orar - 1 Timóteo Dizer amém ao final das orações - 1 Coríntios Lançar sortes para distribuição de cargos na igreja - Atos Escolher apenas sete diáconos na igreja - Atos Falar em línguas e profetizar - 1 Coríntios A Interpretação Bíblica, Zuck, p. 90


5 9 O ABISMO DO TEMPO A Bíblia começou a ser escrita há aproximadamente 1446 anos antes de Cristo, mas retrata aos primórdios da civilização. Por volta do ano 400 a.c., foi escrito o último livro do Velho Testamento Malaquias. Já o Novo Testamento teve o seu primeiro livro escrito por volta do ano de 45 d.c e o último, perto do ano 95 depois de Cristo. Sendo assim, o leitor da Bíblia deve estar ciente de que se trata de um documento antigo, escrito em épocas específicas, com propósitos específicos e para grupos específicos. Não podemos deixar esse detalhe de lado. 

10 O ABISMO GEOGRÁFICO A região onde foi realizada a história bíblica, também conhecida como crescente fértil, é marcada de contrastes e muita beleza. Nela temos desertos, vales, montes, rios e mares. Parte da história foi no deserto, numa região seca. Outra parte foi realizada nos montes e vales. Cada lugar servia de inspiração para o escritor, que usava as características da região para enriquecer aquilo que estava querendo dizer. O estudante da Bíblia precisa ter estes mapas em mãos, em forma de quadros ou transparências para enriquecer o que está sendo ministrado. 


11 O ABISMO LITERÁRIO A Bíblia foi escrita originalmente em hebraico, aramaico e grego koiné. Os leitores originais, quando liam um escrito na sua própria língua, compreendiam o que estava sendo escrito. Mas quando lemos, por exemplo, uma epístola de Paulo usando o grego, encontramos muitas dificuldades e precisamos fazer a tradução. Essa tradução precisa ser bem fiel aos originais para trazermos o real significado do texto. Hoje em dia temos várias versões diferentes em português. Com a descoberta de manuscritos antigos e de estudos, as versões vão sofrendo modificações. A versão em português, feita por João Ferreira de Almeida já sofreu inúmeras alterações desde a sua primeira tradução. Fazer uma interpretação baseada apenas na tradução da Bíblia em português, sem nenhum outro critério de investigação, poderá resultar em uma verdadeira catástrofe teológica. Para transpormos o abismo do idioma, precisamos considerar o significado que as palavras tinham no tempo do autor, pois elas mudam de significado com o passar do tempo.


6 Hebraico V.T. Aramaico Daniel 2,4,7,8 Esdras 4.8-6:18 Jeremias Grego N.T. Também chamado de Judaico, Neemias 13.24, ou a língua de Canaã. Era a língua falada pelos povos ao norte e nordeste de Canaã, da Síria até o alto Eufrates. Quando Alexandre dominou o mundo com o império Grego-Macedônico, ele levou o Koiné, comum, que era o idioma falado pelo povo do seu império. Gênesis 1.1 #r<a'(h' taeîw> ~yim:ßv'h; taeî ~yhi_l{a/ ar"äb' tyviþareb. Daniel 2.1 rc:ßn<d>k;bu(n> ~l;îx' rc;ên<d>k;bu(n> twkl.m;l. ~yit;ªv. 2 Corintios 13:13 ~H ca,rij tou/ kuri,ou VIhsou/ Cristou/ kai. h` avga,ph tou/ qeou/ kai. h` koinwni,a tou/ a`gi,ou pneu,matoj meta. pa,ntwn u`mw/nå PRINCÍPIOS BÁSICOS DE INTERPRETAÇÃO Podemos dizer que os leitores dos textos originais não tiveram grandes dificuldades para entender os escritos. Entretanto, nós somos separados do contexto deles por vários séculos, pela cultura, pela língua e pela história. Sem princípios para nos orientar nessa tarefa, ficamos perdidos no caminho de volta para o significado original do texto. Por isso, é necessário conhecer bem os princípios básicos de interpretação da Bíblia. 

12 ESTEJA CIENTE DA REVELAÇÃO PROGRESSIVA DE DEUS. Revelação é o processo pelo qual Deus desvenda aos homens o seu caráter e o seu plano eterno. Deus se revelou de uma maneira progressiva e diversificada, isto é, na medida do tempo Ele foi se revelando aos homens o seu caráter, sua glória, seu poder e a sua vontade. Podemos dividir a revelação em revelação geral e especial. A Revelação geral é a revelação não proposicional que Deus faz às pessoas, através de várias manifestações, mediante as quais elas vêm a saber que Ele existe. Essa revelação se dá através do testemunho interno. Deus colocou no homem a crença na existência de um ser divino superior ao próprio homem. Mesmo que essa crença seja abafada, a consciência e o raciocínio humano reforça a necessidade de um Criador poderoso. Gn. 1.26; Atos 17.29; Rm A revelação geral também se dá através do testemunho externo. Através da criação e preservação da natureza. Salmo ; Romanos ; Atos 14.17; Cl 1.17; Jó 38.1 a Através da história da humanidade e dos hebreus. (Teofanias, milagres, testemunhos pessoais, sonhos, visões, etc) A revelação especial é o auto-descobrimento de Deus por vários meios e para várias pessoas na história fazendo com que elas entendam e creiam na mensagem salvadora, recebendo assim uma nova vida. Essa revelação surge da seguinte maneira: Através da atuação do Espírito Santo - João 16.8 e 13; através da fé


7 em Jesus Cristo - Filipenses 2.5-9; através da Bíblia - 2 Pedro A Bíblia é o registro verbal dessa revelação de Deus. 


13 A ESCRITURA DEVE SER INTERPRETADA NA LINGUAGEM NORMAL, USUAL E COMUM, OBSERVANDO AS CARACTERÍSTICAS DE CADA GÊNERO LITERÁRIO E AS FIGURAS DE LINGUAGEM. A Bíblia é um livro rico em gêneros literários. Temos narrativas, poesias, provérbios e profecias e apocalipse. Dentro de cada estilo, temos figuras de linguagens. E tudo isso precisa ser observado antes de fazer uma interpretação Interpretação de uma narrativa. Os perigos na interpretação. Alegorização, espiritualização. Ignorar a audiência original e pular par o N.T. Explorar textos paralelos sem desenvolver o contexto 13.2 Interpretação de poesia. Requisitos básicos Identificar o tipo de Salmo. A poesia hebraica difere da nossa, por que não depende de rima ou ritmo. O fator principal é seu paralelismo de pensamento. As idéias de uma linha se equilibram com as da seguinte. O paralelismo sinonímico ocorre quando o pensamento da primeira linha está de acordo com o da segunda ( Jó 9.11). O paralelismo antitético ocorre quando o pensamento da segunda linha contrasta com o da primeira (Jó 16.4,5). O paralelismo sintético é o arranjo que faz a segunda linha melhorar ou completar o pensamento da primeira. (Jó 11.18) 2 Identificar as figuras de linguagem. Estudar o contexto histórico do Salmo e ler a introdução do mesmo. Descobrir a idéia central do Salmo e expressar esta idéia numa afirmação concisa e clara. EXERCÍCIOS. Como devemos interpretar os seguintes salmos? 1. Salmo Salmo Salmo Os propósitos das figuras de linguagem. A figura de linguagem é uma forma de expressão em que as palavras usadas comunicam um sentido não literal. É uma representação legítima que pretende comunicar mais clara e graficamente uma idéia literal. Dá vida e cor a uma passagem - Chamar a atenção - Tornar idéias abstratas mais completas - 2 O homem que não se deu por vencido, Edições Luz do Evangelho, 1980

8 Ajudar a guardar informações - Abreviar uma idéia - João 1:29 Encorajar reflexão, ponderação - Salmo 52:8 A seguir temos um quadro com as principais figuras de linguagem e também alguns textos como exemplo. 

FIGURA DE LINGUAGEM CARACTERÍSTICAS EXEMPLO Uma semelhança entre dois objetos ou fatos, João 15:1 1 Metáfora caracterizando-se um com o que é próprio do outro. A metáfora é uma comparação mais forte que o símile, pelo fato de que há equivalência direta posta entre os dois objetos. Mateus 5:13 João 10:9 João 14:6 Jeremias 50:6 2 Sinédoque 3 Metonímia 4 Prosopopéia É tomar a parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa. Ela trata mais de idéias e conceitos. É o emprego de um nome por outro com o qual tem relação. É empregar a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo pela realidade que indica o símbolo É a personificação das coisas inanimadas, atribuindo-selhes os feitos e ações das pessoas. Gênesis 49:9 Salmo 16:9 Atos 24:5 Gênesis 6:12 Romanos 1:16 Lucas 16:29 João 13:8 1 João 1:7 1 Coríntios 10:21 Hebreus 13:4 Isaías 55:12 Salmo 85: Ironia 6 Hipérbole 7 Alegoria É a expressão do contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro. É um exagero para dar ênfase, representando uma coisa com muito maior ou menor grau do que em realidade é, para apresentá-la viva à imaginação. É uma ficção em que se admite um sentido literal, exigindo, todavia, uma interpretação figurada. São várias metáforas unidas. 1 Reis 18:27 Jó 12:2 Números 13:33 Deuteronômio 1:28 João 21:25 Mateus 5:29,30 João 6:51-65 Salmo 80: Fábula 3 Uma alegoria histórica. 2 Reis 14:9 9 Enigma Um tipo de alegoria, porém sua solução é difícil e abstrata. Juizes 14:14 3 É aconselhável que os alunos adquiram as Fábulas de Esopo. Uma classe de metáfora que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas ou objetos que João 3:14


9 10 Tipo designam fatos semelhantes, pessoas ou objetos no porvir. É prefigurativo. É uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato por meio de outra coisa ou fato 11 Símbolo familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação. É ilustrativo. É uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades importantes. 12 Parábola É um símile ampliado Ver qual é a verdade que está sendo ensinada. Mateus 12:40 Batismo Ceia 2 Reis 13:14-19 Mateus 13:3-8 Lucas 18:10-14 João Símile 14 Apóstrofe 15 Antítese É uma comparação expressa pelas palavras semelhante ou como. A ênfase recai sobre algum ponto de similaridade entre duas idéias, grupos, ações, etc. É uma figura usada pelo orador, no discurso. Consiste em interrompê-lo subitamente, para dirigir a palavra, ou invocar alguma pessoa ou coisa, presente, ausente, real ou imaginária. 1 Pedro 1:24 Salmo 1:3,4 Jeremias 47:6 Salmo 114:5-8 Isaías 14:9-32 Deuteronômio 32:1 Inclusão, na mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos, que fazem contraste um com o outro. Mateus 7:13-14 Mateus 7: Provérbio 17 Paradoxo 18 Personificação É um dito comum, popular. Os provérbios do Antigo Testamento estão redigidos em sua maior parte em forma poética, consistentes em dois paralelismos, que geralmente são sinônimos, antitéticos ou sintéticos. É uma parábola condensada, é um dito conciso que comunica uma verdade de uma forma estimulante. De para (contra) + doxa (opinião). Uma declaração oposta à opinião comum, que parece absurda, porém, quando estudada, torna-se correta e fundamentada. É atribuir características humanas a coisas, idéias ou animais. Lucas 4:23 Marcos 6:4 2 Pedro 2:22 Mateus 23:24 Mateus 19:24 2 Coríntios 12:10 Marcos 8:35 Gênesis 4.10 Números Zoomorfismo É atribuir características animais a homens ou a Deus. Salmo Antropopatismo É atribuir sentimentos humanos a Deus. Gênesis 6:6 20 Antropomorfismo É atribuir características humanas a Deus. Salmo 8:3 2 Crônicas 16:9 4 Geralmente se reconhece o fato de que uma parábola foi contada para apresentar uma verdade principal. Forçar cada detalhe do texto dentro de algum esquema fantástico de significado é abusar do texto e do propósito original do autor.

10 21 Eufemismo É suavizar a expressão duma idéia substituindo a palavra ou expressão própria por outra mais agradável, mas polida. Atos 7:60 Gênesis 4:1 1 Tessalonic. 4:13-15