Mesmo sendo réu em cinco processos na Lava Jato, o que pode torná-lo inelegível se for condenado em segunda instância, o ex-presidente Lula segue com sua campanha antecipada às eleições presidenciais de 2018.
Foi o que fez no último domingo 19 em Campina Grande durante a “inauguração popular” das obras de transposição das águas do Rio São Francisco, na Paraíba. Vale lembrar que, dias antes, o presidente Michel Temer já havia cortado a fita da obra de forma oficial.
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A despeito disso, o petista e seus partidários, entre eles, a ex-presidente Dilma, transformaram o evento em um comício explícito. O ato pode provocar mais uma dor de cabeça ao petista. A Procuradoria Regional Eleitoral instaurou investigação para verificar se a “festança” – com direito ao lançamento de Lula à Presidência da República – foi fora de época. A procuradoria quer saber, também, quem pagou a farra de Lula, que custou mais de R$ 120 mil.

A “inauguração” teve camarote, com tendas gigantes, ônibus com ar condicionado para levar Lula e outras autoridades até o local das obras. Embora o governador do estado Ricardo Coutinho (PSB), que ciceroneou Lula no evento, tenha afirmado que sua administração não investiu mais que a logística de segurança e saúde, alguns detalhes da festa contradizem o socialista. Como o cerimonialista que dava a palavra às autoridades que discursavam no evento. Ele é servidor da Secretaria de Governo, o que arrasta o governador para o centro de um escândalo. Afinal, ele bancou ou não a “reinauguração” das obras de transposição do rio?
Essa, aliás, não foi a única coincidência que aproxima Coutinho do encargo das despesas. O som e as tendas usadas no evento são de uma empresa chamada Júnior Produções e Eventos. Na verdade, a razão social do negócio é Hwj Construções e Incorporações Ltda. É para este último nome que constam diversos pagamentos empenhados pelo Governo da Paraíba. Só de 2011 até 2016, foram feitos repasses que ultrapassaram R$ 13 milhões. O aluguel das tendas custa até R$ 3,5 mil.
Fonte: juntospelobrasil.com