O ex-diretor da Odebrecht, Rogério Araújo, afirmou em acordo de delação que o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, pediu para ele esconder US$ 240 mil em garrafas de vinho no início da Operação Lava Jato, em março de 2014. Trechos do depoimento de Araújo foram liberados pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), na noite desta terça (11).
Na descrição do ex-diretor da empreiteira, o volume a ser escondido era composto por “24 garrafas de vinho ditos de primeira linha, com valor em torno de US$ 10.000,00 (dez mil dólares) por unidade”.


Barusco também é delator. Ele foi um dos primeiros executivos da Petrobras a fechar o acordo e devolveu US$ 97 milhões, recorde entre os delatores da Lava Jato.
Pelos documentos que vieram à tona dos depoimentos de Barusco, ele não narrou aos procuradores os vinhos que Araújo havia escondido.
O ministro Fachin determinou que o depoimento do ex-diretor da Odebrecht seja enviado à Justiça federal do Paraná. O juiz Sergio Moro poderá determinar sanções ao delator se ficar comprovado que ele mentiu em seu acordo.
Fonte: juntospelobrasil.com