Caso aconteceu na madrugada desta sexta (16), no PJALLB. Segundo Sindicato dos Agentes Penitenciários, confusão fora do presídio teria motivado assassinato.
m reeducando foi morto a pedradas dentro do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (Pjallb), integrante do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, na madrugada desta sexta-feira (16). De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), outros dois detentos são suspeitos de terem praticado o crime e foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Este ano, segundo a Seres, já foram cinco mortes de detentos, dentro de unidades prisionais do Estado. O caso aconteceu por volta das 1h30. O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE) apontou que informações iniciais dão conta de que a briga teria sido motivada porque a vítima teria assassinado, ainda em liberdade, um primo dos suspeitos e estaria, de dentro do presídio, ameaçando a família dos dois detentos.
De acordo com a Seres, a gerência da unidade acionou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para autuação em flagrante, o Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto de Medicina Legal para providências cabíveis.
O detento que morreu não chegou a ser socorrido, porque já estava morto quando foi encontrado pelos agentes penitenciários. Ele foi identificado pela Seres como Maycon Santana da Silva.
Tentativa de fuga
No sábado (10), a Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres) informou que está investigando uma tentativa de fuga de presos no Complexo Penitenciário do Curado. O governo afirmou que policiais militares da guarda externa perceberam a movimentação e efetuaram disparos de arma de fogo para evitar que os detentos escapassem.
O Complexo do Curado tem três unidades e um histórico de problemas. No dia 16 de abril deste ano, uma briga entre detentos do Presídio Juiz Antônio Luis Lins de Barros (Pjallb) terminou com tiros e quatro presos feridos.
Em 19 de fevereiro deste ano, um preso morreu após uma briga no Presídio Agente Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa). De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o agressor ficou ferido e foi encaminhado à unidade hospitalar. Os agentes relataram que o detento suspeito de ser o agressor correu em direção à enfermaria do presídio ferido e sendo perseguido por outros presos.
Armas
Mais que dobrou, no ano passado, o número de armas de fogo encontradas por agentes em inspeções em presídios do estado, em comparação com 2015. Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres), foram encontradas 50 armas de fogo em 2016, contra 21 achadas no ano anterior, um aumento de 138%. No ano passado, representantes de organizações denunciaram a situação dos presídios e apontaram a permanência de violações dos direitos humanos.
Denúncias
A superlotação do Complexo do Curado foi um dos problemas constatados durante a visita da comitiva da Organização dos Estados Americanos (OEA) durante inspeção realizada em junho do ano passado. Representantes de organizações que denunciaram a situação do presídio apontaram ainda a permanência de violações dos direitos humanos, apontadas desde 2011, por um grupo liderado pela Pastoral Carcerária do Estado.
A pastoral vem denunciando uma série de irregularidades na unidade, que envolvem danos à integridade física dos presos, problemas de saúde por falta de cuidados médicos e falta de segurança para os agentes, entre outras. A inspeção foi feita por juízes da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA e representantes das organizações, acompanhados de equipes dos governos estadual e federal.
Fonte: g1.globo.com/pernambuco/noticia
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