O Vulcão de Ipojuca

No período Cretáceo Médio, cerca de 103 milhões de anos, ocorreu um evento vulcânico em nossa região, denominado de Vulcanismo Ipojuca. Estas rochas possuem quimismo alcalino e constituem derrames, rochas piroclásticas e rochas intrusivas (diques, soleiras e plugs), possivelmente equivalentes a mais de um centro vulcânico e talvez mais de um episódio vulcânico.

Ademais, outro aspecto geográfico entre os municípios do Cabo e Ipojuca que constata a divisão dos dois continentes - África e América - são as rochas vulcânicas Bálsamo, Andesito e Riolitos, que podem ser observadas ao longo da rodovia PE-60. Mais a maior comprovação das erupções na região fica no município de Ipojuca, onde é encontrada uma chaminé de vulcão, localizada nas terras da Usina Ipojuca, nas proximidades do engenho Maranhão, o qual está fora de atividade há 100 milhões de anos.

Os granitos existentes na região de Gaibu, Calhetas e Ipojuca estão entre os mais recentes do planeta, e representam cicatrizes dos momentos finais da ruptura de Godwana. Os mesmos granitos são encontrados na costa africana.
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Novidade na mata

Fonte: Jornal do Commercio de 18.05.2006 - Vida & Ciência

A descoberta de uma nova espécie de macaco-prego numa área remanescente de ma-ta atlântica no município de Ipojuca demonstra como a luta pela manutenção desses espaços ainda vale a pena. O local ainda concentra os últimos 33 indivíduos, mas a proximidade com áreas de plantio de cana-de-açúcar deixa o macaco-prego-galego a perigo. Outro risco para a espécie é a pouca vegetação nativa, que impede a circula-ção. A única garantia do animal é a presença de um mateiro, contratado pelo proprie-tário da área, para vigiar possíveis predadores. Na descrição da nova espécie – cha-mada Cebus queirozi –, nada de sacrifício. Tudo foi registrado por foto, já que se trata de animal criticamente ameaçado de extinção.
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Porto de Galinhas // Tubarão a 50 metros da praia

Fonte: Diário de Pernambuco – 29.01.2007 – Vida Urbana

A captura de um tubarão a cerca de 50 metros da praia de Porto de Galinhas acabou alterando a rotina do balnerário no último sábado. O animal, da espécie lixa, e que não representa riscos de ataque ao ser humano, foi capturado por um pescador. Ele tinha cerca de um metro e oitenta de comprimento e foi pego com um arpão, por volta das 11h30 da manhã. Em seguida, o tubarão foi trazido para a areia da praia, chamando a atenção dos banhistas que estavam no local. Segundo o fotógrafo Élvio Luiz Santos, que registrou cenas da captura e do peixe sendo amarrado num buggy pelas ruas do balneário, a maré estava alta, o que pode ter favorecido a pesca.

De acordo com José Carlos Pacheco, integrante do Comitê Estadual de Monitoramento aos Incidentes com Tubarões (Cemit), não há motivos para alarde. "O tubarão-lixa, ao contrário de outras espécies, como o cabeça-chata e o tigre, não apresenta comportamento agressivo e nem representa riscos para os banhistas", ressaltou o pesquisador. Ele acrescentou que o lixa se alimenta apenas por sucção, triturando moluscos e crustáceos para sobreviver. "Eles nadam pouco e respiram parados, além de terem boca redonda e coloração marrom. Eles não têm o nariz pontiagudo e características de outras espécies.

No Projeto Protuba, de pesquisa e monitoramento do ecossistema dos tubarões, uma das ações realizadas pelo Cemit, foram capturados no litoral sul mais de 10 tubarões de várias espécies, todos libertados vivos. Não há registro de ataques em Porto de Galinhas. Desde que os ataques começaram a ser estudados, em 1992, foram contabilizados 50 ocorrências, sendo 17 mortes. As espécies que mais preocupam os especialistas são o tigre (Galeocerdo cuvier) e o cabeça-chata (Carcharhinus leucas).
Fonte: portalcamela99