História de CAMELA
Um homem, chamado de major Argeu, tinha um Engenho, que
ficava nessas paragens, e nele criava um casal de camelo. Em razão disso e com
o passar do tempo, a nossa vila passou a ter o nome de Camela, que assim ficou
mais conhecida a partir do ano de 1884, data da inauguração de sua feira, que
ocorreu no local onde hoje se situa a Igreja de Santo Antônio, fundada em 1907.
Santo Antônio é padroeiro do nosso distrito, tendo a sua tradicional festa a 13
de junho de cada ano, abrindo os festejos juninos de todo o município de
Ipojuca.
Camela fica a 60 km da capital de Pernambuco e faz parte do
território ipojucano, o qual está contido na Região Metropolitana do Recife.
Camela é um distrito que se destaca por seus recursos naturais, compreendidos
na beleza de suas matas, montes, cachoeiras, bicas e afluentes de rios,
entrecortandos os seus canaviais, com lembranças de sua tradição, como revela,
por exemplo, a moenda do Engenho Santa Clara. Ademais, o seu litoral é cheio de
mangues e banhado pelas praias de Serrambi, Enseadinha, Toco e Toquinhos, o que
lhe dá, portanto, um grande potencial turístico, porém ainda distante de se
tornar realidade, pois suas praias são quase privatizadas e, em conseqüência,
de difícil acesso para o povo em geral.
No passado, quem viajava para outras cidades dessas bandas,
tinha que passar por Camela. Com a chegada da PE-60, a estrada principal foi
desviada. Esse fato contribuiu para o seu empobrecimento, que se agravou mais
ainda quando a usina e destilaria Castelo fez fogo morto, deixando a sua
população quase que exclusivamente dependente da palha da cana. Hoje, os seus
engenhos fornecem cana para as usinas Salgado, Ipojuca e Sirinháem.
É preciso cuidar de Camela, não deixando que ela seja a
prima pobre de Ipojuca. É necessário estimular a força de seu artesanato,
incentivar o seu turismo e preservar as suas riquezas naturais, em benefício de
todos os seus filhos. Ao lado disso, tem que haver indústrias, produção
agrícola, divisão de terra, cultivo de frutas tropicais, emprego, trabalho e
prosperidade em Camela, o que pode ser feito através de certos incentivos do
poder público municipal.
O distrito industrial para aqui anunciado ficou só na
promessa. Bem que se poderia em contrapartida à isenção de ISS e de IPTU que se
dá às empresas de Suape e à rede hoteleira de Porto de Galinhas, se exigir
dessas empresas que elas colocassem pequenas empresas ou cursos
profissionalizantes nesse distrito, a fim de que os seus filhos pudessem também
participar do progresso que se espalha em nossa região.
É necessário melhorar os serviços públicos de Camela, para
que o seu povo tenha melhores condições de vida, isso no hospital, na escola,
na segurança pública, no transporte, no saneamento básico, na habitação e nos
demais serviços públicos. Camela, por exemplo, sequer um lugar para o povo
pagar as contas, tendo os seus moradores de se deslocar para Ipojuca ou Cabo.
O distrito de Camela, com seus engenhos, hoje, tem uma
população estimada em 23 mil habitantes e 11 mil eleitores, sendo, curiosamente,
a localidade que sempre teve um bom número de vereadores. Havendo vontade
política, muito se pode fazer para se desenvolver Camela, que precisa deixar de
ser o primo pobre de Ipojuca.
Fonte: portalcamela99
OLHO DE IPOJUCA - HISTÓRIA
Com o povo e para o povo
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