A doença crônica atinge mais mulheres entre 30 e 40 anos e é causada, principalmente, por estresse e ansiedade
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Cada organismo lida com o estresse e a ansiedade de maneiras diferentes. Enquanto picos de nervosismo podem se manifestar por meio de placas vermelhas na pele em algumas pessoas, outras sentem variações no sistema digestivo. Estômago e intestino são alguns dos principais atingidos — conhecido como o “segundo cérebro”, o estômago é cheio de terminações neuro-hormonais e recebe em cheio a carga nervosa (daí as “borboletas no estômago”, típicas de momentos de nervosismo) — e podem, em algumas situações, sofrer a chamada Síndrome do Intestino Irritável.
Mais comum entre mulheres de 30 a 40 anos, a doença crônica ainda tem origens misteriosas, mas especialistas afirmam que uma das principais causas é emocional. “Os sintomas são estufamento, cólicas, alternância das funções do intestino (ora solto, ora constipado) e sensação de má digestão. São fatores que chamam atenção dos médicos e podem estar relacionados a outras condições do intestino”, explica Tomazo Franzini, médico endoscopista e diretor da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed). Para fechar o diagnóstico, que acontece por exclusão, é necessário passar por uma colonoscopia e exame clínico.
O tratamento é multifatorial: além de acompanhamento especializado, nutricionista e psicólogo são importantes no processo. Na alimentação, é interessante evitar comidas que estimulem a formação de gases no intestino, como repolho, cogumelo, manga, maçã e derivados do leite.
Apesar de se ser uma doença crônica, ela costuma melhorar com tratamento. “Se o fator emocional for tratado com sucesso, em muitos casos, a síndrome desaparece. Mas é preciso que o paciente se comprometa com o processo curativo”, afirma Franzini.
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